8 de março de 2015

O Conto da Princesa Kaguya (Kaguya Hime no Monogatari, 2014)


Vou repetir aqui no blog o que já disse lá na página do Facebook. Kaguya Hime não é um filme, não é uma animação. É uma obra de arte sublime e primorosa. Dirigido por Isao Takahata, co- fundador do célebre estúdio japonês de animação Ghibli, e produzido da maneira tradicional (com lápis, tinta e papel), o longa é uma adaptação de uma das lendas mais antigas do Japão. 

O Cortados de Bambu ou Kaguya Hime, como é conhecido, conta a história de um pobre cortador de bambu, que um dia encontra uma menina muito pequena dentro da planta e então começa a cria-la, junto com sua mulher, como sua filha. Em seguida, o cortador começa a achar ouro dentro entre os nós do bambu, o que o leva a crer que sua filha adotiva é uma princesa vinda do céu e merece ser criada como tal, com uma educação formal e luxo.

A animação segue a história milenar à risca, passando pelos anos de educação da princesa, os 5 nobres que a cobiçam, até sua beleza chegar aos ouvidos do Imperador, que a quer como sua esposa. Porém, como é marca registrada do estúdio Ghibli, cada passagem é repleta de magia, beleza e inúmeros significados. Não se deixe enganar, Kaguya Hime não é um simples conto de fada com final feliz, com uma única moral da história. É um filme que mostra diferentes e complexos conflitos da alma humana e do mundo que nos cerca.




É preciso exaltar a maestria de Takahata, que produziu uma animação tecnicamente impecável, que difere da mesmice do 3D, é extremamente autoral, e mescla estilo ‘aquarela’ com pintura a ‘lápis’, cenários maravilhosos e narrativa emocional. A trilha sonora de Joe Hisaishi também é uma obra de arte, se casa perfeitamente com os momentos mais alegres e parados do filme, mas também é responsável por dar mais emoção (visceral) as cenas mais ágeis e tristes.


Infelizmente a Academia não o premiou com o Oscar de melhor animação, por não ser um filme americano, mas Kaguya é a essência da boa animação, a combinação de arte e magia. Só tome cuidado se você não tem intimidade com a animação não americana. A narrativa é lenta e subjetiva, e o filme tem 2 horas de duração.


5 comentários:

  1. Só pelas imagens já to morrendo de vontade de ver! Acabei de assistir a viagem de chiriro e já to amando essas produções do estúdio ghibli.

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    1. É um filme esplendido, assista sim! Ghibli é amor <3 Beijos

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    2. Podexá, vou assistir o mais rápido possível. Obrigado pela recomendação!

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  2. eu queria muito entender a letra da musica que ela canta :(

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  3. eu queria muito entender a letra da musica que ela canta :(

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