3 de novembro de 2015

MAGNUS CHASE e os Deuses de Asgard – A Espada do Verão


Rick Riordan volta a sua velha fórmula e aos mitos da antiguidade para criar mais um best-seller infanto-juvenil. Magnus Chase está para fazer 16 anos e não, sua vida não tem nada de ‘sweet 16’, pelo contrário. Há dois anos sua mãe faleceu e desde então ele vive nas ruas de Boston. Seus únicos amigos são dois sem teto mais velhos, Blitz e Hearth.

Porém, tudo muda quando seus tios e sua prima, Annabeth, começam a procurar por ele. De repente ele é posto frente a frente com um gigante do fogo nórdico, evoca do rio congelado de Boston uma espada legendária, e morre.

Sim, Magnus Chase, nosso herói semi-deus nórdico, morre logo no primeiro capítulo. Mas calma, isso não é spoiler! E calma, isso não é ruim. Pois ele é levado pela valquíria Samira para Valhala, o local para onde vão aqueles que morrem em batalha, nobremente, com uma arma na mão (isso na mitologia nórdica).

É claro que lá Magnus vai descobrir que é filho de um deus nórdico, terá uma missão a cumprir em poucos dias para só assim provar seu valor. Sim sim, você já viu tudo isso em Percy Jackson e também em Heróis do Olimpo. Isso é ruim, certo? A verdade é que depende.

Depende do gosto de cada um. Eu já conheço e aceito essa fórmula do tio Rick. Gosto da maneira como seus livros funcionam e de saber que sempre que pegar um livro dele eu vou gostar e vou me divertir. Então, é tudo uma questão de gosto e ponto de vista. Se você procura muita inovação, e já conhece outros livros do autor, Magnus Chase não vale a pena.


Mas calma! Nem tudo é óbvio nessa nova série. O fato de ela se basear na incrível e maravilhosa mitologia nórdica, ou seja, dos povos vikings, deixa tudo com um ar mais misterioso e aquela sensação de: não sei exatamente em que ambiente estou pisando. Mesmo eu, que conheço essa mitologia minimamente, não sei detalhes sobre ela, não sei de cor aqueles nomes de Deuses, mundos (são nove mundos diferente e coexistentes), o significado das runas, etc.

Tudo isso deixa o livro muito empolgante. Descobrir mais sobre essa mitologia e como ela se manifesta atualmente é o ponto alto e mais gostoso do livro. Com certeza outro ponto positivo é a narrativa. O livro é narrado em primeira pessoa pelo herói, Magnus, e assim como Percy, ele é revoltadinho, sarcástico e cheio de trocadilhos bobos que me faziam gargalhar.