17 de março de 2014

Como 'Gravidade' não é um filme sobre o espaço

Quando Gravidade (Gravity) foi para os cinemas do Brasil, causando todo aquele falatório sobre o novo longa de Afonso Cuarón, fui correndo assistir ao trailer. E naõ foi surpresa nenhuma para mim que logo de cara eu dissesse: ‘Eu filme não é para mim’. Não sou fã de filmes que se passam no espaço, por nenhum motivo real, apenas não me interesso. Mas o que realmente me fez dizer não à Gravidade foi o fato da personagem principal passar boa parte do tempo lutando para respirar.

Como alguém que tem pavor de lugares fechados e coisas do tipo, só de ver ao trailer comecei a ficar com aflição, como se a falta de ar fosse minha. Passado meses do filme ter estreiado, e após ganhar 7 estatuetas do Oscar, resolvi ver o filme junto com meu padrasto e a minha mãe, em casa.

O filme conta a história da Dra. Ryan Stone (Sandra Bullock) , que está em sua primeira missão espacial, com o colega de trabalho Matt Kawalski (George Clooney). A missão é reparar uma base espacil americana e voltar para a Terra. Coisa simples de rotina (para a Nasa, pelo menos).

A problemática começa quando um satélite russo explode e os estilhaços estão à deriva pelo espaço e atingem a base espacil americana, matando a tripulação. Quem fica à deriva no espaço então são Ryan e Matt, lutando para sobreviver e voltar para casa.

Até ai, ok. Nada que me fizesse escrever um post aqui por blog. Porém, depois que já enjoamos de ver os efeitos especiais e tudo de ruim que pode acontecer com a Dra. Ryan, a verdadeira história começa. E foi ai que percebi que Gravidade não é um filme sobre o espaço. Gravidade é um filme que conta a história de uma mãe que perdeu sua filinha e com ela sua vontade de viver e sua fé.

A medida que a Dra. Ross passa por experiências traumáticas, ela redescobre que vale a pena viver e recupera sua fé, em si mesma e em Deus. E não, não estou viajando. Isso fica claro quando na ‘nave’ russa há um close em um santo da igreja ortodóxica católica,, e na ‘nave’ chinesa há um close em um pequeno Buda dourado. Há outras referências, não só espirituais, mas também a cultura pop e outras teorias que não me interessam.



No fim, Gravidade foi um dos filmes mais tocantes que eu já vi. Mereceu os prêmios que ganhou, e Sandra Bullock mereceria muito mais um Oscar de melhor atriz por essa atuação do que por Um Sonho Possível.

3 comentários:

  1. Esse filme me deu uma aflição tão grande que só Jesus pra explicar. Quase morri vendo tamanho enjoo. Mas sim, é muito mais do que um filme no espaço (apesar de só ter ganhado Oscars técnicos). Até gostei da história que, como você disse, fica clara nos detalhes que é sobre o emocional da protagonista.

    Beijos
    aquelaborralheira.blogspot.com.br

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  2. Nossa, quando assisti esse filme no cinema a primeira coisa que eu pensei foi... meu sonho de conhecer o espeço foi literalmente para o espaço, kkk'. A partir daquele momento desisti do sonho tamanha a aflição que eu fiquei. E sim, concordo com tudo o que você disse ai em cima, e acho válido dizer que Sandra Bullock merecia com todas as letras o Oscar, principalmente pelo que ela teve que passar para filmar esse longa, caso você não saiba do que eu estou falando dê uma pesquisada na internet que você vai entender, é traumatizante kkk'. Bom, já falei demais aqui... só quero completar que adorei o seu blog e com certeza continuarei aqui te seguindo! Parabéns!
    http://estantedapri.blogspot.com.br/

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    1. Oi Pri! Obrigada pelo seu comentário!
      Eu tb acho que jamais conseguiria filmar algo assim.
      Estou seguindo o seu blog <3
      Beijos

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